Tanto tempo sem mulher
faz do bárbaro um apaixonado
pelo sangue dos seus inimigos
esquece do caminho de casa
do bosque com suas flores
amarelas e vermelhas.
A sua paixão é admirar
os corpos destrinchados
de outros bárbaros
e dos sobreviventes
os rostos sujos de pólvora.
Tanto tempo sem mulher
faz do bárbaro um louco
que range e abre a boca
evocando mais guerras.
Mas tudo cessa
como nasce outro dia
e na estrada o vento sopra poeira
cujos grãos sepultam os casacos de javali.
O bosque não muda
e a casa é logo adiante.
Com os olhos lacrimosos,
feridos, quase cegos
o bárbaro escuta seu coração
pela voz sussurrante da sua mulher.
Corre, corre bárbaro
que a tua guerra agora
é na cama de folhagens.
Tanto tempo sem mulher
tanto tempo sem mulher
também faz de um poeta
um bárbaro sanguinário
que encontra na parede
seu mortal pesar:
sua fotografia
e da sua amada.
Tanto tempo sem um homem
ResponderExcluirfaz da mulher
ver em um bárbaro
um menino :)
beijosss
Você precisa ir a uma casa noturna urgentemente:))) Feliz Ano Novo! Um abraço, Yayá.
ResponderExcluiro tempo virá e as guerras cesarão
ResponderExcluirmas as interiores...
Abraço
LauraAlberto
Yayá, nas casas noturnas
ResponderExcluirnão encontrarei minha amada:))
Embora Dulcineia Del Toboso até me possa atingir o coração rsrs
Feliz 2012
Carinhoso abraço.