A tua língua,
Imagino, é doce
E salgadinha depois.
(propícia pra plantar sonhos)
Não sei por que acordei
Pensando em tua língua.
Nunca vi os teus lábios.
Digo, ver de perto.
Mordê-los na ponta.
Enquanto o solitário
Vivia preso no vale sombrio
Tu vendias maçãs envenenadas.
Quero uma.
Adoro maçã
Que faz sonhar.
A tua língua,
Suponho, é fria
E quentinha depois.
Coisa de romântico
Esquecer a dor de cabeça
Pra pensar em uma língua distante.
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