quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Carta


Separei alguns poemas
Pra te dizer, mas esqueci.
Não consigo
Passar muito tempo
Com um poema na cabeça.
Multidão de palavras
Dentro da cabeça acaba
Em tédio e muita preguiça.
Não paro de dormir.
Não sonho. Só durmo.
Deixo a barba criar terreno.
E não lavo meus bermudões.
Aliás, não te contei,
A cafeteira pifou.
A segunda em pouquíssimo tempo.
Faço o meu café em uma artesanal.
Queimo meus dedos
Com frequência.
Não passo
Pasta nem
Ponho gelo.
Os meus dedos queimados, baby,
Seguem os passos da minha solidão.
(Precisava terminar
Beijando teus olhos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário