Houve um tempo
Em que cortava
As unhas
E jogava os pedacinhos
Dentro dos jarros das
Plantas da varanda.
Algumas cresceram
Próximas à minha alma.
Quando o céu desabava
E a tristeza consumia
Meus olhos
Murchavam
As folhas.
Nos dias de histeria alucinógena
Pintavam os cabelos as plantas
De amarelo e verde.
A minha solidão definitiva
Ocorreu com a chegada
Dos pombos.
Armados de malícia
Flertaram e conquistaram
O coração das minhas plantinhas.
A partir dessa dor de cotovelo
Resolvi virar noites em bares.
Postos de gasolina,
Becos, barracos,
Pracinhas.
Nunca mais fui o mesmo
Amante de poesia.
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