Um colchão de asas
De andorinhas, poeta?
Muito delírio,
Meu rapaz.
Sei que seu colchão
Bem puído, velhinho até.
Mas imaginar um colchão
De asas de andorinhas, opa.
Acalme-se, chore
Um pouco. Olhe
Os seus cílios.
Andam tão secos
Longe de lágrimas.
Pare de escrever
Poemas fantásticos
E procure um sofrimento.
Pôr a mão
Dentro do forno
Não vale (patético).
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