No caixão, as tuas mãos, poeta,
Não darão um pio de sinal de vida.
E as multidões serão até razoáveis
Em dizer pros céus que tu vacilaste.
Que tu tiveste medo.
Que fugiste da lucidez.
Escreve, escreve.
Não contes sempre
Com o suor do rosto.
Nem com as tuas pernas
Em uma noite de sábado
Levando teu corpo à janela.
Debaixo da terra
Ou virado carvão
Não ouvirás nada.
Poesia é mensagem
Para quem está vivo.
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