Voltei a lavar cuecas de madrugada
olhando pelas frestas da janela do banheiro
(nunca se sabe qual a hora que cai uma estrela)
Antes de escrever o poema
penso como será o deleite
sentado no pufe
o teclado sobre
os joelhos
e a língua
de fora.
Jamais saberei ao certo
qual a última mordida
dos meus dentes
cravados no dorso
das minhas muriçocas.
(elas se esquivam)
Lanço a dentadura
contra as paredes
e livros.
Elas sobem ao teto
(zombam)
depois pulam
ao meu colo.
(aí é uma questão de princípio:
namoro todas)
não perde tempo, heim!
ResponderExcluirPassei a usar cuecas descartáveis...
ResponderExcluirNão quero perder uma estrela cadente sequer. São tão raras!
Tácito
É essa mistura de paladares que faz da sua poesia esse sabor único, que degusto a cada dia, embora muitas vezes eu entro aqui, me nutro e nada digo, sequer agradeço.
ResponderExcluirObrigada, Domingos! Amor, humor, ironia na poesia, são uma boa tônica
...
;)
Perigoso até para as muriçocas. Abração, camarada!
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