domingo, 8 de julho de 2012

sigilo

Não abra a porta da sua casa para seu inimigo
ou questão de segundos você perderá o rumo
não saberá quem é você nem qual a alma dele.

Cruze seus braços e não desça ao abismo
sabemos que a vertigem causa deleite
a quem é na verdade um rato
e nunca foi pássaro.

Deixe-o do lado de fora.
Deixe-o morrer de sede.

Não abra a porta da sua casa para seu inimigo
ou questão de segundos à mesa da sua cozinha
você e ele alegres e bêbados
hão de marcar o dia
da sua morte.

Acredite você estará feliz
e ele com um olhar cínico

lhe dará um abraço
quebrará sua costela.

2 comentários:

  1. Aceitar que existem pessoas que não gostam de nós é parte da sobrevivência, muito bem bolado este poema. Como o nome dele é Sigilo não marcarei com mais 1, mas merece. Um abraço, Yayá.

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  2. há portas que devem ser mantidas fechadas
    e vinhos intocáveis

    beijo

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