Acabei de beber aquele cafezinho
a alma regozija-se igual a criança
em dias de praia, parque
e cinema.
Eu não era ingênuo naquele tempo
de espinhas e sonolência, acredite
já tinha essa mente
dúbia e incrível.
A questão é que não acreditava em mágica.
E não há brandura e inteligência fora da poesia.
Ontem quase não dormi
acordei várias vezes
de madrugada.
Roguei a deus para que viesse
por debaixo do meu lençol
algum fantasma
aquecesse meu corpo
dormisse abraçado
com a cabeça
no meu peito.
Acredite, ainda ouço minhas fitas cassetes
e o mais interessante é o objeto que toca:
aquelas caixas de música de manivela.
Sou uma múmia, meu bem
antigo mesmo é este meu olhar
que não passa da cortina
que tem medo da rua.
Enfim, poeta espantoso
ResponderExcluirTão lúcido, quão louco
Eis Domingos Barroso!
Beijo, bruxo*
(bom dia)
Acredito sim!
ResponderExcluirOs fantasmas foram sempre uma boa companhia nas horas de tédio.
Um beijo
divinos fantasmas aquecendo a madrugada
ResponderExcluirbrandura e inteligência
para além das cortinas
abs