terça-feira, 31 de julho de 2012

a candura dos tempos

Ninguém faz um café como eu,
nem mortais nem deuses,
ninguém!

Se tu duvidas,
pergunta às andorinhas

que antes de se recolherem
aos seus ninhos vêm até minha janela
experimentar do meu saboroso elixir.

A carinha que elas fazem de satisfeitas
um risinho no bico e um bater de asas
é sinal que elas hão de retornar
no outro dia.

Só eu e vovó guardamos o segredo:
ela do tempo do coador de pano 
e eu agora feliz pelos suspiros
da minha cafeteira.

Um comentário:

  1. Há muito tempo não vinha ler teus poemas, Domingos, e agora pretendo voltar mais vezes, já que sou viciada em café...

    Abraço.

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