quarta-feira, 8 de julho de 2020

Vaidade e Sigilo

Magnífico mesmo
é o não-encontro:

a fantasia 
e quimeras

roendo-se
de vontades.

O meu corpo
que não verás
admiro todo dia.

A minha gargalhada
e o riso silencioso

que nunca
tocarás

alegram os objetos
da casa de minha mãe.

Sabemos que nossas mentes
fertilizam-se pela distância.

As nossas mãos permanecem
mãos de náufragos brincando
com garrafas vazias e gravetos.

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