Não guardo mágoas
nem aquela coroa
de espinhos.
Dentro da minha caixa de sapatos
só cabem moedas antigas, uma
florzinha de pétalas murchas
e as tuas últimas cartas.
Fiz um mapa
até tua casa.
Quero te mostrar
o som de um trompete.
Pois olha, meu bem,
aprendi a tocar
o instrumento
do diabo.
Antes só vivia
de flauta doce
feita de bambu
debaixo de tua janela
e tu morrias de tédio.
Agora, meu bem,
as mulheres do diabo
requebram ao meu solo.
Mas tu, incrédula,
detestas o delta
do Mississippi.
E satirizas o meu coração
com tuas agulhas de acupuntura.
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