Não foi por crueldade
que acabei de matar
uma aranha sobre
minha cama.
Aranha de longas pernas
a sapatear na colcha nova
e decerto algum tipo
de veneno nas glândulas.
Espero que noutra dimensão
a aranha me conceda um instante
para o poeta explicar-lhe que a natureza
da criança ainda permanece sádica e infantil.
Analisando bem o ocorrido
desde a forma em que peguei
o chinelo e a minha língua de fora
não era o adulto em sã consciência.
Mas a criança,
a mesma que fazia
experimentos cirúrgicos
em lagartixas e passarinhos.
Espero que noutra dimensão
possa o poeta beber um café
em companhia dessa aranha
e explicar-lhe que a fantasia
nunca fugirá da minha cabeça.
Auuuuuuuuuuuu! Gostei!
ResponderExcluirAbração, Tom!
ExcluirEspetacular o seu poema
ResponderExcluirum abraço
Abraço carinhoso, querida Gracita...
ResponderExcluir