Quando sair, digo pra minha alma,
deixe a porta do quarto aberta.
Pouco me importa o vento:
que bata a porta até rachar o teto.
Saberão os ladrões
que tem em casa
um alma viva.
Não a minha, claro,
que já anda distante.
Mas a da porta
que vem e vai
e bate
e torna
a bater.
Quando voltar, digo pra minha alma,
veja se ainda serve a chave
e se o teto não desabou.
Se dócil a fechadura
e se o teto seguro
festeje então meu corpo,
a sua única e fiel morada.
Domingos,
ResponderExcluirAcho que capto tua porta,
o teto
(outros tantos objetos)
também um pouco do vento
abrupto
que entra janela adentro
(e come pensamento)
Abraço!
Bom dia!
ResponderExcluirLindo seu poema.A porta é a entrada para nossos sentimentos e às vezes para os desafetos.
Grande abraço
se cuida
poema tão amoroso que até aquece
ResponderExcluirbeijo
Meu corpo é minha casa e meu desamparo ora trancado à sete chaves ora explícito.
ResponderExcluirGosto tanto da sua poesia, Domingos. Me vejo. Me respondo. Me pergunto.
beijoss :)
Santos são os objetos, que possuem almas evidentes, pq as dos homens são infernalistas.
ResponderExcluirbj e bom fds
sair e entrar sem nunca sair
ResponderExcluir[de tudo e de todos]
beijinho
LauraAlberto
Tua poesia é uma descoberta sempre. Aponta-me caminhos meus que eu não via. Beijos, querido!
ResponderExcluirMuito bonito o poema e o que ele nos remete.
ResponderExcluirBeijos.
Não precisa de chave a alma, nem a porta...a tua morada é a tua poesia e essa não tem quem a tranque.
ResponderExcluirSaudades