digo adeus aos versos
o que serei agora
se não sou
poeta?
plantarei batatas
e verei o entardecer
doutro lado
da montanha
deixo as palavras em paz
sem a minha boca
e meu sopro
deixo a minha dor silenciosa
a cabeça que não está boa
o coração que já partiu
[o que sobra
a um louco?]
deixo meus livros filhos das traças
deixo minhas botas encostadas à parede
não vejo graça
nem beatitude
dentro da alma
que já é morte
...
Nem imagino o que nascerá junto a essas batatinhas... Poeta se entrega à morte, mas sempre haverá poesia para nascer, ou para enterrá-lo.
ResponderExcluirBeijo, querido.
Hum...acho que a boca pacifica as palavras, sem ela...:-)
ResponderExcluirBeijo grande, poeta!
No que quer que faças haverá sempre poesia, amigo! Quando se tem alma de poeta não há volta a dar. Ela nem na morte nos deixará.
ResponderExcluirBeijo
há que se dar descanso as flores
ResponderExcluire enfeitar o dia com raiz...
beijinho de fã, poeta Domingos!