sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

a poética das coisas

Devo tantas vidas
mas não devo
a mentira

pois o que invento
corta-me a pele.

A estante de ferro
e o óleo johnson

não têm o mesmo corpo
mas têm a mesma alma
dentro do meu peito.

Devo a eternidade
mas não devo
a mentira

pois meu coração é súdito
de duas senhoras,

uma de espuma
e a outra de cristal.

3 comentários:

  1. de espuma ou de cristal, há de se reverenciar as mulheres de nossa vida. a poética das coisas é simples e bela.

    grande abraço.

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  2. um dever eterno de fazer poesia - tens, pois tua poesia vem de dentro e é boa demais

    beijos

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  3. "estala, coração de vidro pintado!"

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