segunda-feira, 25 de maio de 2015

Não emoldure aquele poema
Cuja alma você imagina especial
E não pregue na parede da sua sala.

Os poemas pródigos
Que esquecemos na rua
São mais sinceros e dignos.

Não lembramos bem
De como foram escritos
Se com sangue ou lágrimas.

Mas não saem
Do nosso crânio

Os versos de fogo.
Os versos de lama.

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