Pare de viajar, moço poeta,
Vista-se com aquele seu terno de casamento,
Chapéu panamá do seu avô e dirija-se à pracinha.
Pendure sobre o banco
(Do seu primeiro beijo)
A sua alma.
E chega de anseios, suspiros,
Costelas quebradas todos os dias.
Vista-se com aquele seu bermudão
De caçar borboletas e lagartixas
(Pulando túmulos) e escreva
Uma carta de ais e uis.
Escreva a carta umedecendo o bico da pena
Dentro do frasquinho do seu licor de tamarindo.
E não beba.
(Só depois
Da carta)
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