Quantos monstros tenho guardado
dentro da minha caixa de sapato
e não são mais sementes
de mucunã nem moedas
encantadas.
São monstros,
querida.
Monstros silenciosos
e cínicos que desdenham,
evoluem, tomam corpo com
a minha loucura e docilidade.
Eles não morrem, querida.
Só mudam de cor o olhar
com a noite.