terça-feira, 25 de setembro de 2012

todas as baratas são kafkianas

As baratas enxergam no escuro
e já estou psicótico com uma

toda madrugada me olhando
com seus grandes olhos
de âmbar.

Não pega bem ser visto como
um doido de marca maior
só por que não durmo
e passo a noite

beijando as paredes,
limpando os livros,

procurando debaixo da cama
uma flor antiga presente
de alguém linda.

Oh, será que essa barata
com seus grandes olhos castanhos

é a moça que me ofereceu um dia
a tal flor antiga que busco em vão
debaixo da cama?

6 comentários:

  1. ela usa vestido? rsrs

    Pode ser a moça, sim, reduzida por algum inseto.

    beijoss

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  2. A verdade é que não consigo dissociar baratas de Kafka...:-)
    Quem dera fosse um homem, um príncipe sob encantamento...rs

    Beijos,

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  3. Ha muitas baratas que preciso deixar de lado tbm. Me identifiquei muito fácil, caro poeta!

    Abraço!

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  4. Só vc mesmo para fazer barata virar poesia.

    Beijo.

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  5. vim conhecer seu blog e adorei sua poesia!

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  6. essa barata não sai do teu quarto?
    Hum!!! Estranho...

    De quem será a culpa?

    Beijinho, bruxo -poeta

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