Sabe aquelas muriçocas absurdas
de enormes que usam batom preto
e vivem puxando a pele dos miseráveis
e enfiando a agulha? Isso mesmo, meu amor:
A poesia também precisa de sangue e desespero.
Estive um tempo doente de doçura,
fragilidade de homem feliz e perdido.
Voltei pra casa
onde florescem
cogumelos selvagens
e sempre que chove tenho
de passar o pano com pinho sol.
Um dia experimento
esses curiosos cogumelos.
E vou escrever
alguma coisa
em cima do
telhado.
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