Você não tem
entre as suas coisas
outra música e outro livro?
Lembre-me da sua vida
e dos seus projetos.
Diga-me como vai
o seu grande amor.
Atire pela janela
aquele poema
triste.
Não mate
nosso blues.
Calce seus sapatos
e suba os degraus
da minha forca.
A corda foi bem roída
até a última dobra
pelos rouxinóis.
Meu pescoço
viu-se livre
das suas
mãos.
E quem haverá de saber se as romãs
estão ou não envenenadas?
Não me escreveram
sobre a minha morte.
Então estou vivo,
é isso, criança?
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