Tu me pedes para ser prático,
conciso, sem mais delongas
sobre o amor.
E eu não encontro um jeito
de falar essas coisas
pros passarinhos.
Eles, meu bem,
só entendem a linguagem dos céus:
nuvens que mudam de comportamento
a cada rajada de vento, o orvalho da madrugada
sobre o teto dos carros, uma esperança de luz depois do arco-íris.
Não me peças, meu bem, para ser cirúrgico
tratando de um ferimento delicado
que é o amor ainda aberto.
Deixemos os passarinhos como são
e os poetas tristonhos, desvalidos,
compondo suas canções.
Haja rebolado! E eu que pensei num chorinho...
ResponderExcluirBeijo, bruxo*