Do outro lado da rua
nem debaixo da minha janela
ninguém me ouve e isso é bom pros negócios.
Nenhum fantasma
chegará aos meus ouvidos
pedindo-me o de comer e o de beber
a jurar companhia durante minha morte.
Acabou-se essa história antiga
de fantasmas e de morte.
Do outro lado da rua
bastam-me as vozes
das mulheres.
Por quem pesco peixes
em tardes de chuva.
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