segunda-feira, 27 de junho de 2016

Nós sabemos
Quando dou
Um golpe.
E o que escrevo
Não é um poema.
Não se enraiveça, minha baby.
Não me veja um falastrão de primeira.
Esses poemas mancos
[Que não são lá uma fortuna]
Necessários pra que caminhos firmes
Ergam-se sobre as minhas mãos loucas.
São Francisco de Assis
Nem sempre adorava
Passarinhos pulando
Nos seus ombros.
E Baudelaire
Quando cozinhava
Um ovo na sua chaleira de fuligem
Às vezes, imaginava mesmo que fosse santo.

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