terça-feira, 17 de novembro de 2015

Ao vencedor, as batatas!

Há mulheres de panturrilhas fascinantes. Nativas do Congo. Camponesas Quakers. Mas o que me fascina nesse divino momento é uma novinha a pular do ônibus. Saltitante. Tão mocinha e já senhora de si. O meu filho, um rapazote de 14 anos, decerto também se encantaria por essa pequena e teria nas mãos a chave do deslumbramento. Sim, falava das panturrilhas maravilhosas de certas mulheres. Amei, em um tempo distante, um par de batatas e chorava sobre essas batatas e fazia massagens nessas batatas quentes com as minhas lágrimas. Um dia, fugiram do meu alcance essas doces batatas. A partir desse infortúnio, nunca mais admirei as panturrilhas de uma mulher. Exceto hoje, no corredor do ônibus, uma feirante. Uma cabocla de tez cintilante.

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