Vai saber o que se passa
No coração de um monge
Enquanto caminha pela trilha
E só vê joaninhas e passarinhos.
Mas eu não duvido do coração
Do poeta de bermudão a cortar
As unhas dos pés e vendo subir
A construção do esqueleto
Do prédio em frente ao meu.
Aqueles operários podem pular dos andaimes.
Já assisti em um filme almas desejando o chão.
E o bardo miserável de contos de fábula
Junta as moedas encantadas da parede.
(Às vezes, os meus fantasmas exageram
Em esconder as moedas entre as rachaduras)
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