sexta-feira, 24 de julho de 2015

Shirley Mclaine. O nome da senhora. Eu bebia feito um gambá sentado no batente do saloon do mexicano. Bebia por meu irmão xerife morto pelos miseráveis assassinos os irmãos Buddy. Bebia pela nevasca que me triturava os ossos. Bebia pela fazenda em ruínas. Bebia pela má sorte da minha alma. Bebia o whisky de comanche do miserável mexicano. Bebia feito um gambá quando a senhora Shirley Mclaine passou por mim. Sorriu com um sorriso de marfim amarelo. Entrou no saloon do miserável mexicano. A nevasca queimava meus rins. Não queria entrar no saloon. Shirley Maclaine entrou. Entrei. A senhora sentada na mesa do Juiz Tonny Law e do reverendo Still sorria escandalosa mostrando como tesouro aqueles dentes de marfim amarelo. Era amor o que sentia. Dei um tiro no Juiz Law e outro no reverendo Still. Puxei a senhora Shirley Mclaine pelo braço. Chutei a porta. Montamos. Nevasca miserável queimava meu rosto. A senhora Shirley Mclaine apertava seu corpo contra o meu. Segurava firme minha cintura. Apertava. O meu cavalo não tem ferraduras. Ainda selvagem. Será uma longa jornada longa. Não matei o juiz Tonny Law nem o reverendo Still. Atirei nas pernas. As nuvens vermelhas caem sobre meus olhos. Estou triste. A senhora Shirley Mclaine não tem nada a ver com esta minha tristeza de gambá bêbado. Joguei longe a garrafa de Whisky de comanche do miserável mexicano Será uma longa jornada longa. A senhora Shirley Mclaine parece que dorme. O seu rosto é quente. Esquenta o meu coração. Diacho!

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