quinta-feira, 16 de julho de 2015

Por quantas pessoas
Passamos nessa vida
E só algumas poucas
Reconhecem nosso
Silêncio apavorante.

E entregam-se
Ao que sequer
Sabemos de nós.

Esse mergulho ao coração do poeta
É uma prova de amor no escuro.
Um pacto assinado em brancas
Nuvens que podem escurecer.

Os salmos foram escritos não por passarinhos,
Mas pelos caramujos com as suas casas
Sobre as costas em caminhos
De sol e de chuva.

Ou de raposas
Casando-se.

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