terça-feira, 14 de julho de 2015

O quarto dos fundos anda uma bagunça.
Os cupins foram embora há tempos.
(Levaram duas portas nas costas)

Encontrei hoje suspenso
Em uma teia de aranha
Um filhote de escorpião
Rígido, sem vida e feliz.

Muitas roupas sujas pela cômoda.
Além da estante de ferro altiva
Segurando de mau humor
Livros velhinhos.

Bagunça o quarto dos fundos.
Mas quando entro as paredes
Curvam-se e dão palmadinhas
Nos meus ombros "Apaixonado,
Hein?" As paredes sempre joviais.

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