domingo, 19 de julho de 2015

Mudei-me de casa da infância à juventude
Em torno de oito vezes. A cada casa nova
Tinha de fazer uma ponte entre fantasmas

Da casa anterior que levava comigo e os da nova
Que já estavam lá morando há muito muito tempo.

Pessoas que nascem e morrem em uma única casa
Dever ser estranho criar elos apenas com fantasmas
Conhecidos pelos cantos tão comuns e sem surpresas.

A cada casa nova paira aquele medo
De que realmente não se deem bem
Os nossos fantasmas e os antigos.

Sempre fui um diplomata
Em contemporizar disputas
E ciúmes entre os fantasmas.

(Mamãe passou açúcar
Em meu coração pra
Coisas de encantamento)

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