quarta-feira, 29 de julho de 2015

As minhas rosas após oferecerem
O que tinham para seduzir dizem-me adeus
Curvando a cabeça sem que caiam as pétalas.

Poderia sufocá-las mais um dia
Dentro do jarro de vidro e ouvi-las
Cantando seu blues de rosas vermelhas.

Não sou caçador do tipo
Que mata, decepa e empalha
Como troféu a alma do seu amor.

Durante cinco dias
Essas rosas lembraram-me
O seu batom todas as manhãs

E a cada caminhada até o riacho
Pra banhá-las, mudar a água e conversar
Fui um homem não feliz, mas desejoso de sê-lo.

Quase cheguei lá,
Ao poço do desfiladeiro.

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