segunda-feira, 20 de abril de 2015

Há tempos, meu filho,
Que entreguei minha vida
Nas mãos da poesia. Ela que
Dita meus passos, voos e rosto
Amassado no chão. Por isso, sem essa
De contrição barata ou ódio eterno. A poesia
É uma seta de pelicanos cruzando o céu ao amanhecer.

Também uma meia
Largada sobre o pufe.

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