terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Botequim

O poema de amor é livre
Para ser tatuado nas costas
De uma gaivota ou serpente.

O poema de amor
Há de ser fantástico

Tais as cartas
De Fernando
Pessoa.

Ou as epístolas
De um padre
Pro filho
Pagão.

O poema de amor é como perder
Um amendoim no tapete da sala.

E nunca mais encontrar.
E se encontrar, já não servir.


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