Com o tempo
Acostumo-me
De que o quarto
O quarto antigo
Agora tem luz
Pra iluminar
Os insetos.
Quanto à porta da cozinha
Em que vivo batendo
(Ora joelho, ora
Dedinho)
Pagarei dez paus
Pro porteiro levar comigo
O bagulho à lixeira da esquina.
O poema é só um jeitinho
De trazer pras palavras
O que o corpo sente.
A alma é o resultado final
Do trabalho das minhas mãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário