domingo, 3 de agosto de 2014

Desvio de rota

Dos meus vacilos de pescador de arroubos
O mais terrível é não conter o coração
A disparar sem trégua pétalas
Que aprisionam o outro.

Que mulher deseja
Ser tão cortejada?

O que antes era tenro
(Um poema doce)

Das minhas egoístas mãos
Nasceram versos
De náufrago.

Mas, diga-me camponesa,
Qual o náufrago que não ama
Seus últimos sonhos de sobrevivente?

Em alto mar, as estrelas
Dançam aos meus olhos.

E ainda é manhã.


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