quinta-feira, 29 de maio de 2014

Telhado

Não aponte pras estrelas (ao lado da criança)
E diga que o brilho delas é coisa do passado
Que não vivem mais e são todas cadáveres.

Não mate as estrelas
Pela segunda vez de tristeza.
Nem gele o coração da criança.

Permita que a pequena
Dê nomes às estrelas
Como daria a cães,
Gatos e ovelhas.

O brilho das estrelas
É tão real quanto meu grito
Que retumba na sala ao lado.

Embora o som que escapa dos meus pulmões
Chegue atrasado ou seja eu a ouvir outra voz.


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