domingo, 18 de maio de 2014

a volúpia de um espantalho

Junto dentro da gaveta
Poemas esmaecidos
Sem um pingo
De sangue.

Milhares deles
Olham-me ansiosos:

"Quando seremos homens de verdade, poeta?"
Não respondo. Nunca respondo a esses poemas.

A propósito, conversar com poemas
É muita loucura a que pode suportar minha cabeça.


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