sábado, 5 de abril de 2014

mercadores de vento

O mercador tem uma febre terçã por moedas.
O poeta também. Tanto um quanto o outro
não podem viver longe do tilintar

de coisas caindo
em seus alforjes.

Quando o mercador
enche o saco gargalha.

O poeta fica, sei lá,
meio melancólico.

É um peso desigual,
meu velho, outro tipo
de loucura pra cada um.


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