terça-feira, 8 de outubro de 2013

o deserto dos gafanhotos

Por ser carne há ossos
que festejam a queda.

E a quantas tolices estarei atento
quase pronto para mais abismos.

Por alguma coisa
além da carne
e dos ossos

dá vontade
de sorrir.

E a quantas tolices estarei atento
sujeito sem um fim próximo
que não seja o tempo
do poema.

E se passa tão rápido
entre as falanges
dos dedos

cada verso
roído de fogo

tenho então por mim
que alguma eternidade
é feita logo mais adiante.


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