sexta-feira, 27 de setembro de 2013

IML

Enquanto liberam a papelada do meu óbito
deitado na mesa fria passeio os olhos entre
aquela gente triste, sem brilho, em silêncio.

Pelo que vejo não há um poeta
nessa minha plateia
tão fúnebre.

Dormem todos mortos
igual ao tempo outrora
quando pensavam vivos.

Vontade de escrever um poema.
A única caneta está presa à lapela
do jaleco daquela jovem de branco.

Vou até lá,
não resisto.


Um comentário:

  1. Que viagem maravilhosa! :-) E continuo te lendo e sentindo falta de teus poemas no FB!

    Beijos,

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