quinta-feira, 19 de setembro de 2013

da ilusão do saber

A serpente sempre foi apaixonada
pelo pássaro e houve um tempo
em que conviviam no alto
da mesma árvore.

A serpente enrolada a um galho
refletia sobre os céus do pássaro:

as brisas, as nuvens, os arrebóis,
o nascer e o pôr do sol fascinantes.

O pássaro ouvia como se distraído,
e por fim interrompeu o devaneio
da serpente -

"minha amiga,
não queira estar
na minha pele..."


Um comentário:

  1. Parece que "ninguém está bem com a vida que tem"

    Belo, o seu poema!

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