domingo, 15 de setembro de 2013

abismo florido

De tanto idílio com as cerâmicas da cozinha
a minha xícara pulou da mesa
e espatifou-se

feliz da vida escondendo os cacos
de porcelana pelos cantos da casa.

E eu que presumia
amor eterno.

Os poetas, meu bem,
nada sabem do que se passa
nas asas das suas silenciosas xícaras.


Um comentário: