Tarde da noite me serve
a manada de papel higiênico
que trago durante o dia no bolso.
Limpo as lentes dos óculos
finalizando o ritual da morte.
Pois a cada vez que passo a língua
nos meus lábios e dou polimento
de papel higiênico
nas lentes
finda-se um poema
e nasce outro filho.
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