Ao levantar as mangas da minha camisa
as paredes tremem de pavor, sabem elas
que coisa boa não sairá da minha cabeça
sobretudo se estou com a língua de fora
e dentes trincando os lábios.
Assim batalho, meu bem,
com a língua de fora e os dentes
mordendo os lábios como se fosse
um maníaco, sou, um solitário, não.
Vivo acompanhado de fantasmas
que me usam o corpo e o meu sangue.
A solidão é apenas um pretexto
para que ninguém me veja dormindo
nem toque na minha armadura sobre a cama.
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