O meu coração
dá-me um trabalho
que você não imagina.
Minha vida é viver
tirando-lhe das mãos
fósforos e querosene.
O seu sonho
é pôr fogo
na casa.
E nem adianta
eu explicar-lhe
se eu morrer,
ele morre
junto.
O meu coração não teme a morte.
Afinal, ele sabe que os poetas
são sujeitos de duas mil
aurículas e dois mil
ventrículos.
Ou basta
um gato preto.
ResponderExcluirDesconfio que o coração de poeta tem autonomia. Morre não: vira poesia!
Beijos, querido bruxo!