Não corro o risco de me achar -
o deleite é permanecer perdido.
Que reino é esse do poeta
ao mundo rasteiro não vale
sandálias puídas de pescador.
E se a minha alma
acorda presunçosa,
corto-lhe uma mão
e lhe corto outro
braço.
Caso teime em não aceitar a simplicidade,
desfiguro-a membro a membro, fio a fio
de cabelo.
Veremos se a minha alma
é tão louca a fugir desse
oceano de golfinhos.
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