O meu lençol perdeu o status
de ser o primeiro a receber
a minha atenção e carinho.
Deixo-o largado na cama
com feições de dorminhoco.
O caso é pessoal, pois quero que sinta
no seu tecido o que eu sinto na pele
como é bom não ser tocado
ao acordar
sem saber ao certo se as oiticicas ainda estarão nas calçadas
e andorinhas à minha janela a assobiar cantos gregorianos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário