Enquanto as minhas mãos estiverem ocupadas
escrevendo versos a minha alma não sairá do corpo
e este entenderá que a sua agonia é ridícula ao presenciar
a dor de um inseto que perde as patas e as antenas em uma tarde
de vento forte e muita solidão, enquanto estiver ocupado em escrever
versos as minhas mãos não pegarão em armas e não estourarão os miolos
dos crápulas, imbecis, extravagantes reis e pedintes furiosos com o próximo.
Enquanto eu estiver bem
sem entender essa morte
que beija as minhas mãos
estaremos salvos da tolice.
Nenhum comentário:
Postar um comentário