A vizinha do andar de cima
todo final de tarde banha-se
com o perfume de alguma deusa,
além dela própria, e enlouquece-me.
Não se trata de um sabonete comum.
A fragrância que rompe minha alma
é um cheiro benevolente
e infernal.
Sinto-me qual um menino
descobrindo alegria de homem
sob a penumbra dos bons sonhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário